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18 Mar 2024

Sonolência diurna e cuidados

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Você acorda cansado, com vontade de dormir mesmo após ter tido uma noite de sono?

Sente falta de energia e tem dificuldade para se concentrar, e às vezes cochila de modo involuntário?

Esta situação o incomoda há algum tempo? Se a resposta for sim, busque auxilio médico porque você pode estar com algum distúrbio que está afetando seu sono.

Você pode estar sofrendo de SED – Sonolência Excessiva Diurna, também conhecida como Hipersonia ou Hipersonolência, que se caracteriza pela incapacidade de se manter alerta, ou acordado durante os principais períodos de vigília do dia. Isso pode gerar até mesmo lapsos de sono não intencionais como acontecem em pessoas que sofrem narcolepsia.

É importante diferenciar a sonolência diurna da fadiga. A sonolência excessiva é marcada por um desejo subjetivo de dormir, ou tirar cochilos. Enquanto que a fadiga apresenta uma dificuldade de manutenção de energia mental e motora que se torna mais difícil com o aumento da duração da tarefa.

A sonolência diurna melhora com o sono, enquanto a fadiga demanda repousar, mas não necessariamente dormir.

Outros sintomas da SED são:

- Irritabilidade;
- Ansiedade;
- Lapsos de memória;
- Perda de concentração;
- Isolamento social;
- Dificuldade de aprendizagem;
- Redução motivacional e de desempenho profissional;
- Falta de energia;
- Dificuldade para acordar.

A sonolência diurna pode ser consequência de:

- Privação do sono;
- Efeito de medicações;
- Apneia do sono;
- Depressão;
- Síndrome das pernas inquietas;
- Narcolepsia.

Dentre as doenças do sono que podem causar a SED, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) e a Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) são as principais.

Algumas doenças clínicas e psiquiátricas podem coexistir, ou agravar estes distúrbios e também contribuir para a sonolência diurna, como por exemplo:

- Hipotireoidismo;
- Doença de Parckinson;
- Fibromialgia;
- Tumores;
- Insuficiência renal e hepática, entre outras.

No caso de doenças psiquiátricas, depressão, TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) ou distúrbios de humor também podem ser fatores agravantes, ou geradores de sonolência diurna.

O diagnóstico diferencial da SED é um desafio porque muitas são as suas causas. Por isso a necessidade de procurar um médico especialista em medicina do sono que avaliará fatores clínicos, como histórico do paciente e o impacto da sonolência no seu cotidiano. A partir da realização de testes, e exames que avaliem se o indivíduo sofre desta condição, e a partir disso indicar um tratamento adequado, principalmente se os sintomas estiverem presentes há mais de três meses.

Observa-se que existem pessoas que tem mais sonolência do que percebem, e para isso existem questionários médicos que auxiliam a determinar a intensidade da SED.

Um destes questionários é a Escala de Sonolência de Epworth, composto de 8 situações cotidianas onde o paciente deve pontuar cada uma de 0 a 3 pontos, sendo o 0 para “nenhuma chance de ficar sonolento fazendo”, e o 3 para “altas chances de ficar sonolento fazendo”.

Veja as situações:

- Lendo sentado;
- Vendo televisão;
- Sentado inativo em espaço público (como teatro ou reuniões);
- Viajando de carro, como passageiro por uma hora sem parada;
- Deitado a tarde para descansar;
- Conversando com alguém;
- Sentado após o jantar, não tendo ingerido álcool;
- No carro parado por alguns minutos no trânsito.

Se você marcar acima de 11 pontos, procure um médico para relatar a sonolência diurna.

Se você marcar menos de 11 pontos, mas já “pescou” ao volante, ou cochila regularmente em aula ou reuniões, também é necessário buscar auxilio com um profissional de saúde do sono.

Ambas as situações são sinais de alerta para sonolência diurna.

Importante ressaltar que o tratamento da SED é individualizado, e deve basear-se na sua gravidade e seus sintomas.

 

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